COMUNS EM MOVIMENTO

17 - 19 NOV

BELÉM - PA

Os principais protagonistas do debate climático devem ser as populações mais afetadas pela crise ambiental, destacando que as soluções para o colapso ecológico precisam estar fundamentadas na justiça socioambiental. Os impactos dos grandes projetos se concentram sobre corpos e territórios historicamente marginalizados, reproduzindo desigualdades raciais, de classe e de gênero. Nos territórios costeiros, essa desigualdade se expressa na expansão da chamada Economia Azul, que transforma mares e zonas costeiras em fronteiras de exploração, gerando exclusão social e degradação ambiental. Diante disso, surge o evento “Comuns em Movimento: Diálogos Costeiros no Sul-Global”, a ser realizado na UFPA em novembro de 2025, como um espaço de encontro entre lideranças comunitárias e pesquisadores do Brasil e do Chile para promover o diálogo, a cooperação e a valorização dos saberes que sustentam a vida nos territórios costeiros nossoamericanos.

MESAS CONFIRMADAS

LAB DE FILOSOFIA - UFPA

O Azul em Disputa: Justiça, Comunidade e Resistência no Brasil e no Chile

A mesa discute os impactos da Economia Azul e apresenta experiências de resistência e alternativas de governança a partir de povos tradicionais extrativistas costeiros e marinhos da Amazônia brasileira e de povos mapuche-lafkenche no Chile.

Participantes:

  • Francisco Araos (Universidade do Chile, Santiago, Chile)

  • Juan Catín Cheuqueman (Liderança mapuche-lafkenche, Buill, Chaitén, Los Lagos, Chile)

  • Indira Eyzaguirre (Universidade Federal do Pará, Bragança, Brasil)

  • Marly Silva (Liderança da Resex Curuçá, Brasil)

Mediação: Carla Cilene Siqueira Moreira (Universidade Federal do Pará)

Entre Marés e Cordilheiras: Diálogos de Sociobiodiversidades em Travessia

A mesa explora as práticas comunitárias, espirituais e acadêmicas de defesa dos comuns, enfatizando a sociobiodiversidade e os arranjos locais de gestão territorial frente às pressões extrativistas.

Participantes:

  • Nilson Nascimento (Liderança da Resex Curuçá, Brasil)

  • Ronaldo Barbosa (Liderança dos Guardiões do Tauá)

  • Ingrid Echeverría (Pueblo Mapuche Williche, Red de Mujeres Originarias por la Defensa del Mar).

  • Delia Núñez (Pueblo Pueblo Diaguita, Red de Mujeres Originarias por la Defensa del Mar).

Mediação: Lucas Pereira (Universidade Federal do Pará, Belém, Brasil)

Em quanto tempo morre o Mar? políticas de sobrevivência marinha

A mesa propõe um debate sobre as transformações contemporâneas que ameaçam a vida marinha e os modos de existência das comunidades costeiras que dela dependem. Partindo da provocação “em quanto tempo morre o mar”, busca-se problematizar as múltiplas temporalidades da crise oceânica e refletir sobre as estratégias de resistência e sobrevivência que emergem das margens.

Participantes:

  • Nelson Bastos (Universidade Federal do Pará)

  • Júlio Barbosa (Presidente da Colônia de Pescadores Z03, Oiapoque - AP)

  • Manoel Barros (Professor, Pescador e Presidente da Associação de Pescadores Artesanais do Bonifácio, Ajuruteua, Bragança - Pará.

Mediação: Lucas Pereira (Universidade Federal do Pará, Belém, Brasil)

Justiça Socioambiental e Agências de mulheres das águas do Chile ao Brasil

A mesa explora as práticas comunitárias, espirituais e acadêmicas de defesa dos comuns, enfatizando a sociobiodiversidade e os arranjos locais de gestão territorial frente às pressões extrativistas.

Participantes:

  • Adenilse Borralhos (Movimento de Mulheres da Vila Espírito Santo do Tauá)

  • Dilza Santos (Movimento de Mulheres da Vila Espírito Santo do Tauá)

  • Gilciele Teles (Instituto Ambiental Progresso)

  • Myriam Yefi Jaramillo (Pueblo Mapuche Williche, Red de Mujeres Originarias por la Defensa del Mar).

Mediação: Layza Lisboa (Universidade Federal do Pará, Belém, Brasil)

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Organização